O formato PNG passou por sua primeira grande atualização em 22 anos e agora oferece suporte oficial a HDR, animações (APNG) e metadados EXIF. A nova versão foi aprovada como recomendação oficial pelo W3C no dia 24 de junho de 2025 e promete tornar o formato ainda mais competitivo frente a alternativas modernas como WebP e AVIF.
Além de garantir compressão sem perdas, principal característica que consagrou o PNG ao longo das últimas décadas, a atualização alinha o padrão com as necessidades contemporâneas de qualidade de imagem e interatividade, sem quebrar compatibilidade com as versões anteriores.
HDR com CICP: mais profundidade com poucos bytes
Um dos destaques da nova especificação do PNG é o suporte a HDR (High Dynamic Range), que oferece maior precisão em gradações de brilho e contraste. Essa funcionalidade é implementada por meio de um método chamado CICP (Código de Identificação de Conteúdo de Imagem), que insere metadados compactos — apenas quatro bytes — para indicar os parâmetros de cor.
A tecnologia já é compatível com navegadores como Chrome, Edge, Safari e Firefox, além de sistemas como iOS e macOS. Softwares de edição como DaVinci Resolve, Avid Media Composer e Photoshop também já suportam imagens PNG com HDR embutido.
Enquanto o Windows ainda domina a preferência de muitos usuários de desktop, novos desafios de compatibilidade com formatos modernos e até o crescimento de sistemas alternativos como o HarmonyOS apontam para um cenário cada vez mais dinâmico para desenvolvedores de software e editores gráficos.
Animações em PNG agora é padrão oficial
Embora o APNG (Animated PNG) já fosse utilizado em diversos contextos, sua inclusão como parte oficial da especificação é outra grande novidade. Com isso, animações feitas em PNG passam a ter status de compatibilidade garantida, abrindo caminho para seu uso mais amplo na web e em aplicativos.
O APNG é especialmente útil por oferecer animações com qualidade superior às vistas no GIF, mantendo transparência e compressão sem perdas. Navegadores e apps que já usavam extensões personalizadas agora seguem o padrão oficial.
Dados EXIF: metadados para fotógrafos e apps
Outra atualização importante do formato PNG é o suporte a EXIF — dados embarcados na imagem que registram informações como data de captura, modelo de câmera, GPS, ISO e mais. Até então, esse tipo de metadado era comum apenas em formatos como JPEG.
A introdução dos EXIFs permite que o PNG se torne mais útil em contextos fotográficos, facilitando a organização, catalogação e edição automatizada em bancos de imagem e plataformas de edição digital. Essa novidade chega num momento em que o próprio Windows 11 tem enfrentado dificuldades com seus pontos de restauração, destacando a importância da preservação de dados embutidos seguramente nos arquivos.
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Retrocompatibilidade e impacto no ecossistema
A terceira edição do padrão PNG foi projetada para ser retro compatível, ou seja, os novos recursos não comprometem a renderização de arquivos antigos. Isso assegura uma transição suave para desenvolvedores, designers e usuários em geral.
Segundo especialistas citados pelo The Register e TechSpot, a modernização do formato é estratégica para garantir sua longevidade diante do avanço de concorrentes mais recentes como AVIF, que já possuem suporte a HDR e compressão superior, porém com menor adesão.
Suporte já é realidade em plataformas populares
A adoção prática da nova especificação é acelerada pelo fato de que os recursos atualizados já estavam presentes em navegadores e sistemas modernos. A formalização como padrão W3C garante consistência e maior confiança na implementação por desenvolvedores e fabricantes.
Navegadores como Firefox, Safari, Edge e Chrome, além de plataformas como iOS e macOS, já reconhecem os metadados HDR e APNG. Isso significa que usuários não precisam aguardar futuras atualizações para se beneficiar das melhorias — ao contrário, é sempre bom verificar se ferramentas essenciais já foram atualizadas, como o WinRAR, que recentemente recebeu um patch crítico de segurança.
Modernização após duas décadas
O formato PNG foi originalmente criado em 1996 como uma alternativa ao GIF, com a vantagem de oferecer compressão sem perda de qualidade e suporte a transparência. Sua última grande revisão havia sido publicada em 2003. Desde então, o formato se manteve estável, mas com limitações frente às novas exigências de imagem digital.
A nova versão aprovada em 2025 marca uma transformação histórica e amplia o leque de aplicações para um dos formatos mais usados da internet. Para quem utiliza versões mais antigas do sistema, o Windows 10 ainda permite um ano extra de suporte gratuito, o que pode ser útil ao considerar a adoção de software compatível com os novos recursos do PNG.
Fonte: Tecnoblog
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